domingo, 19 de dezembro de 2010

Aquarela Do Brasil




Brasil!
Meu Brasil Brasileiro
Mulato inzoneiro
Vou cantar-te nos meus versos
Brasil, samba que dá
Bamboleio, que faz gingar
O Brasil do meu amor
Terra de Nosso Senhor...

Abre a cortina do passado
Tira a mãe preta do cerrado
Bota o rei congo no congado
Canta de novo o trovador
A merencória à luz da lua
Toda canção do seu amor
Quero ver essa dona caminhando
Pelos salões arrastando
O seu vestido rendado...

Esse coqueiro que dá coco
Oi! Onde amarro minha rede
Nas noites claras de luar
Por essas fontes murmurantes
Onde eu mato a minha sede
Onde a lua vem brincar
Esse Brasil lindo e trigueiro
É o meu Brasil Brasileiro
Terra de samba e pandeiro...

Brasil!
Terra boa e gostosa
Da morena sestrosa
De olhar indiferente
Brasil, samba que dá
Para o mundo se admirar
O Brasil, do meu amor
Terra de Nosso Senhor...

Abre a cortina do passado
Tira a mãe preta do cerrado
Bota o rei congo no congado
Canta de novo o trovador
A merencória à luz da lua
Toda canção do seu amor
Huuum!
Essa dona caminhando
Pelos salões arrastando
O seu vestido rendado...

Esse coqueiro que dá coco
Onde amarro minha rede
Nas noites claras de luar
Por essas fontes murmurantes
Onde eu mato a minha sede
Onde a lua vem brincar
Huuum!
Esse Brasil lindo e trigueiro
É o meu Brasil Brasileiro
Terra de samba e pandeiro...

Brasil!
Meu Brasil Brasileiro
Mulato inzoneiro
Vou cantar-te nos meus versos
Brasil, samba que dá
Bamboleio, que faz gingar
O Brasil do meu amor
Terra de Nosso Senhor...

Abre a cortina do passado
Tira a mãe preta do cerrado
Bota o rei congo no congado
Canta de novo o trovador
A merencória à luz da lua
Toda canção do seu amor
Quero ver essa dona caminhando
Pelos salões arrastando
O seu vestido rendado...

Esse coqueiro que dá coco
Onde amarro minha rede
Nas noites claras de luar
Por essas fontes murmurantes
Onde eu mato a minha sede
Onde a lua vem brincar
Esse Brasil lindo e trigueiro
É o meu Brasil Brasileiro
Terra de samba e pandeiro...

Oi! Essas fontes murmurantes
Onde eu mato a minha sede
Onde a lua vem brincar
Esse Brasil lindo e trigueiro
É o meu Brasil Brasileiro
Terra de samba e pandeiro
Brasil!

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Toda forma de sorrir escancara a alma



Toda perspectiva de felicidade que me acompanha é como uma ultima esperança que abraço e me apego sem pensar. Toda historia de amor é valida, pensada, realizada, alucinada, fracassada, inexata.

Toda forma de sorrir escancara a alma, a fala fascinada. Todo minuto ao teu lado é raro. Ponto fraco. Abalo-me. Desabo.

Nem sei por que comecei esse post de hoje assim, estava querendo contar um ‘causo’ da minha mãe, mas na hora que comecei a escrever parei para pensar que podia ser amor, se quiséssemos que fosse. Pra ser amor depende de dois... Enfim...

• Inunblado
• Dexagerado
• Osfalto

Essas três palavras conseguiram reduzir o amor ao singelo ‘foi um caso e já passou’. Minha mãe apaixonadíssima saiu com um paquera dela, no tempo em que ela ainda tinha seus flertes.

Durante o romântico encontro, três frases foram marcantes na continuidade daquela história de amor:

-Hoje o dia esta muito INUBLADO!

-O OSFALTO esta muito quente!

-Eu sou mesmo DEXAGERADO!

Ainda bem que não foi comigo se não ele teria parado no twitter, com as tang’s #PQP e #CAZUZABURRO, porque é lógico que eu faria dele uma música: “DEXAGERADO, jogado no OSFALTO em um dia INUBLADO!”

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Favela - Terreno fértil para a violência



Diante de todas as narrações sobre a sofrida rotina de crimes enfrentada pelo Rio nos últimos dias, eu fecho os olhos e imagino suavemente: O Rio de Janeiro continua lindo!

Durante esses dias eu aprendi os dez mandamentos do crime e queria dividi-los com vocês, para que a vida de todos nós se aproxime um pouco do dia-a-dia dessa gente. Na favela, ninguém ouve, ninguém vê. Os delatores ou informantes da polícia são punidos com a morte. Se o líder do tráfico morrer, comerciante é obrigado a fechar as portas. Nunca cante um funk ou raps de uma facção inimiga e/ou use cores de gangues rivais. É proibido chamar a polícia em qualquer hipótese, em brigas entre vizinhos o líder do trafico é quem decide com quem está a razão. Moradores são obrigados a esconder armas em casas. São os traficantes que decidem quais os crimes vão ser cometidos e quem pode cometer, em algumas favelas os moradores são obrigados a pintar todas as casas da mesma cor para confundir policiais. E enfim, um fiasco de justiça em meio ao caos - Empresas que trabalham no morro têm que empregar moradores da favela.

Isso já é o bastante para saber a que nível chegou à criminalidade no Brasil. Nas favelas, onde reina a lei do tráfico, todos, sem exceção, estão submetidos ao império do terror. Essa cultura da brutalidade, porém, permaneceu escondida durante décadas. A crise econômica deu fim ao sonho da casa própria e inchou as favelas. Hoje, estima-se que 20% da população carioca more nos morros, que representam apenas 3% do território habitado da cidade. Não há terreno mais fértil para a violência.
Assisti uma reportagem da TV Globo que, desde 1995, a prefeitura do Rio já investiu quase 2 bilhões de reais em projetos de urbanização, saneamento e lazer em favelas. Isso não impediu que, nos últimos anos, houvesse um crescimento maior que 41% no número de mortes de jovens entre 15 a 24 anos, na maioria moradores de áreas carentes. Está ai a prova de que os problemas de segurança pública não poderiam ser resolvidos com investimentos maciços na área social.

Se o governo e policia não consegue curar esse câncer, o que desejar eu aqui de tão longe para os cariocas da favela do Rio?!?! Desejar um futuro melhor do que ser território livre para a bandidagem?!?! Desejar não ver mais as famílias dormindo em carros para dar suas camas aos traficantes?!?! Eu sei por onde começar, desejo não te ver mais pegar fogo Rio! Não vê mais seu povo ser carregado em lençóis favela abaixo! Desejo não ver mais um mau policial ferir tua dignidade, nem roubar as bananas de D. Maria. Desejo que tua frase batida – O Rio de Janeiro continua lindo! – vigore, reine.

O Rio de Janeiro continua sendo... Fevereiro e março... Alô, alô... Aquele abraço!
Alô Rio de Janeiro, aquele abraço! Todo o povo brasileiro, aquele abraço!